quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Escola como aprendizagem cooperativa: uma reflexão de nossa prática a partir do "Projeto Roma"


Melero

A colocação que apresentamos é uma síntese elaborada a partir de nossa prática educativa, os princípios e a filosofia do Projeto Roma. Nesta colocação procuramos recuperar o protagonismo do professorado que confia na inovação educativa e considera a escola como agente de transformação social, assim como aos valores que necessita desenvolver para isto.

Para compreender nossa exposição, necessitamos fazer uma declaração de princípios. Em primeiro lugar, não se trata de estudar qual é o melhor modelo para educar as pessoas com Síndrome de Down como algo separado da cultura da escola, senão estudar a cultura escolar sob o prisma da diversidade. Deste ponto de vista, o professorado que participa neste projeto de pesquisa considera que é uma alternativa ao existente. E em segundo lugar, nós temos considerado sempre o Projeto Roma como um meio facilitador  de nosso desenvolvimento profissional. Por último, assinalar que seria uma ingenuidade de nossa parte assegurar que o Projeto Roma tem resolvido todos os nossos problemas didáticos, pois tão somente tem sido uma ajuda quando as circunstâncias contextuais o tem permitido.

Destes princípios, quais são esses valores de mudança?

a) Valores de emancipação e desenvolvimento profissional.

O convencimento de que a diversidade é um valor tem sido o motor de nossa atuação dentro do Projeto Roma que, de maneira evolutiva, nos tem ajudado a ir introduzindo melhoras em nossa prática. Esta tomada de consciência de que a escola não pode ser entendida como lugar de reprodução do sistema, senão um lugar de permanente reconstrução do conhecimento e de atualização é o que nos tem obrigado a transpassar a fronteira da oficialidade e situar-nos em uma alternativa educativa para evitar que na escola exista um alunado silenciado.    

Neste sentido, desejávamos esclarecer que entendemos por “alunado silenciado”, que como destaca o professor López Melero é o mesmo que dizer o que entendemos por diversidade, por diferença e por desigualdade. A diversidade refere-se à qualidade da pessoa porque cada qual é como é, e não como nós gostaríamos que fosse. Este reconhecimento é precisamente o que é a dignidade humana. A diferença é a valorização da diversidade e é precisamente nesta valoração onde há várias manifestações, sejam de repulsa (antipatia, xenofobia, racismo) como de compreensão (simpatia). É a consideração da diversidade como valor. E a dignidade é o estabelecer hierarquia entre as pessoas, por critérios de poder social, político ou econômico. É precisamente o contrário da igualdade. Se todos os seres humanos nascemos livres e iguais em dignidade e em direitos humanos, como nós, como profissionais iríamos permitir que em nossa escola se cometa a crueldade da separação?

Deste ponto de vista, não pode existir uma escola que não seja educativa, e portanto, integradora. A escola que nós queremos é aquela onde as pessoas aprendem a conhecer, a compreender e a respeitar a outras pessoas como são e não como gostariam que fossem. Ou seja, pensamos que a escola como organização social tem que formar mulheres e homens democratas e livres, vivendo e aprendendo os valores internos.

b) Valor (auto) reflexivo.

Desejamos assinalar como o Projeto Roma nos tem permitido partir sempre da realidade de nossas escolas. Pretendíamos introduzir melhoras em nossa prática de nossa própria experiência e não como meros aplicadores de princípios sem sentido. Todas as mudanças que se têm introduzido sempre tem sido a partir da reflexão compartilhada com todos os profissionais. O próprio projeto nos tem permitido sair de nossas próprias fronteiras de cada colégio e refletir com outros colegas dos centros vizinhos, formando-se um triângulo de reflexão entre profissionais de níveis primário e secundário. Este tipo de atividade reflexiva algumas vezes aconteciam no colégio e outras, na Faculdade de Ciências da Educação com o Professor López Melero.

 O Projeto Roma, ao abrir espaços para a participação na tomada de decisões, está contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade mais humana, menos discriminadora, mais democrática. A construção desses ambientes escolares, com estruturas metodológicas e organizativas democráticas tem possibilitado ao alunado e ao professorado uma nova axiologia ao introduzir-se no colégio novas preocupações, tais como o pluralismo, a liberdade, a justiça, o respeito mútuo, a tolerância, a solidariedade... “Esta maturidade ética da escola tem que ser fundamentalmente crítica e reflexiva. A ética democrática se constitui como uma ética cívica, onde as chaves giram em torno à solidariedade e à justiça social” (López Melero, M. 1996).

O desenvolvimento profissional pode fazer com que o professorado se faça mais conhecedor de si mesmo e esteja mais seguro através de sua própria reflexão (auto - reflexão) e avaliação. São os profissionais que desenvolvem uma auto - consciência e confiança que lhes permite promover sua auto - estima profissional.

c) Valores Críticos ou Transformadores da prática.

A escola que defendemos deve ser uma escola pública como modo de garantir o direito de todos à educação, especialmente, quem menos possibilidades tem. Uma escola pública que se caracterize por formar uma cidadania livre e com autonomia moral e intelectual; que seja um espaço de diálogo social, onde seja possível o desenvolvimento da liberdade pessoal, onde o intercâmbio de idéias entre alunos e professores seja algo permanente e onde haja uma abertura à crítica. Uma escola que seja militante defensora da socialização e o desenvolvimento de valores.

Temos procurado que nossa escola esteja em uma relação de interdependência com o entorno, a tal ponto, que a escola tenha sabido refletir a cultura da comunidade. A escola abrangente que aspira a assumir de forma integradora a diversidade é, como diz o Prof. López Melero, “o gérmen daquilo que tem que construir uma sociedade democrática, pluralista e socializante na sociedade atual. Em uma sociedade pluralista tem-se que aceitar as diferenças e as heterogeneidades das pessoas como potencial para que a sociedade avance e chegue a ser eticamente madura. A cultura da diversidade, como potencial de transformação, penetra no mais profundo da educação ( a moral, o mundo dos valores,... ) e não na parte puramente estrutural; daí que se tem que produzir uma tomada de consciência radical ( não dogmática ) nos dirigentes e no professorado, que permita uma mudança profunda em sua gestão e em seu pensamento pedagógico.

 O propósito fundamental dos movimentos educativos críticos, como é o caso do Projeto Roma, é o de desenvolver teorias e práticas progressistas que contribuam para a emancipação social. Esta complexa tarefa requer a cooperação de todos aqueles que NÃO nos sentimos identificados com o tipo de sociedade e de educação na qual nos encontramos.

d) Valores de solidariedade e de cooperação.

 O Projeto Roma aspira a construir nas escolas o Paradigma da Cooperação como ajuda compartilhada por todas as pessoas envolvidas na educação para, dessa visão solidária, dar respostas conjuntas às situações problemáticas que se estabelecem. Introduzir a participação democrática no ensino requer a mudança de atitude de toda a comunidade educativa. O êxito da participação se tem dado em dois âmbitos: na escola, abrindo espaços democratizadores na vida escolar e na classe como comunidade de aprendizagem cooperativa e onde se aprende não só a cultura, e sim que se aprende a ser livre e a que o aluno participe ativamente no planejamento do ensino e na tomada de decisões. Tudo isto nos tem permitido uma mudança emocional, intelectual, de desenvolvimento profissional, de pensamento teórico - prático e de atitude.

A integração e o trabalho solidário e cooperativo necessitam de profissionais que tenham autonomia para desenvolver sua profissão. Esta é a linguagem dos profissionais da escola da diversidade. Quando estes profissionais trabalham com pessoas, com alunos com Síndrome de Down de forma solidária e cooperativa, possibilitam uma melhora substancial na aceitação mútua e no rendimento escolar de todo alunado.

Do que foi exposto até aqui, seria conveniente estabelecer como se tem produzido este desenvolvimento evolutivo em nosso pensamento pedagógico e em nossa prática diária. Para isto, vamos distinguir três fases, a saber:

          PRIMEIRA  FASE  OU  DE  INICIAÇÃO  NO PROJETO  ROMA.

Esta fase de iniciação e de conhecimento do Projeto Roma nos permitiu conhecer, por um lado a fundamentação teórica e todo o marco conceitual e metodológico, de um ponto de vista vigotskiano, e por outro, sensibilizar o resto de companheiros do centro para este novo modo de entender a cultura escolar. Foi uma etapa difícil e gerou algumas confusões, até que pouco a pouco, se foi compreendendo. Também se pode assegurar, que nesta fase, se foram detectando melhor as necessidades curriculares e organizativas.

SEGUNDA  FASE  OU  FASE  DE  DESENVOLVIMENTO.  

Neste período, pode-se dizer que temos procurado trabalhar a partir de dois grandes âmbitos: um é como mudar a escola, buscando uma nova organização e um novo currículo. Aqui foram desenvolvidos o que o Projeto Roma denominava “contratos de trabalho”, que mais tarde se exemplificaram e, por outro lado não podíamos descuidar da formação do professorado no projeto. Para isto, com o máximo detalhe, temos ido pouco a pouco explicando em que consiste o projeto e a necessidade de conhecer o pensamento vigotskiano e sua utilidade no currículo escolar.

TERCEIRA  FASE  OU  DE  REFLEXÃO  COMPARTILHADA.

Digamos, que nesta fase nos encontramos, dado que tanto professores como pais e universidade, buscamos soluções conjuntas para a problemática que se estabeleceu. Esta fase se conhece a partir  do Projeto Roma como o Paradigma da Cooperação e, nós o interpretamos como é a cultura do colégio através da diversidade. O professorado está compreendendo que o que este projeto requer é transpassar a parede de cada classe para incorporar-se em um pensamento mais amplo que comporta todo o colégio. O Projeto Roma aspira transmitir que a mudança cultural não é só de algumas professoras, senão de todas as pessoas do colégio. Esta é uma questão de resolver.

A partir desta perspectiva e de um ponto de vista didático, viemos trabalhando no que temos denominado “Os Contratos de Trabalho”, mas sem esquecer: Quais são os conteúdos culturais que a escola tem que ensinar? Que mudanças no estilo de ensino e no trabalho cooperativo entre as quais o profissional tem que produzir para conseguir um ensino de qualidade? A que nos comprometemos para isto? Quando nos comprometemos? Que sentido tem a avaliação e como a estamos fazendo?

EM  QUE  CONSISTE  UM  CONTRATO  DE  TRABALHO:

     1 - O porquê  dos contratos

 O que se pretende com o contrato de trabalho é obter uma metodologia que favoreça a aprendizagem autônoma, mediante a tomada de decisões reais e o desenvolvimento das estratégias para aprender a aprender, tais como: busca de informação, delineamento de problemas e explicação do mesmo, o trabalho compartilhado e em equipe, a comunicação através de palestras e a intervenção, conhecimento e compreensão do entorno.

 
               OS     CONTRATOS     FAVORECEM     A         APRENDIZAGEM
                                                   AUTÔNOMA.

     2 - O nome  e  origem

 O nome de contrato de trabalho faz referência ao compromisso pessoal que o alunado pode assumir ante a tarefa, tanto no que se refere ao itinerário acadêmico, como ao itinerário de crescimento pessoal. Este compromisso tem uma dupla vertente: consigo mesmo e com o grupo (família, amizades, classe, colégio, cidade, aldeia global).

De todos os nomes que hoje se dão a este tipo de estratégias: projetos de investigação, módulos, temas, etc., nos parece que o contrato de trabalho se aproximava mais à metodologia e ao modelo educativo que defendemos.

Podemos recuperar a origem dos contratos dentro das monografias, projetos de pesquisa e planos de trabalho da escola Freinet, e, segue sua mesma linha: aprendizagem funcional, respeito aos métodos naturais, incidência e transformação do entorno, desenvolvimento do sentido crítico, aprendizagem autônoma e compartilhada, criatividade e avaliação da cultura popular.


O     DESENVOLVIMENTO     DA       CURIOSIDADE     E         O DESEJO     DE     CONHECER      SE      DESENVOLVEM       NO     CONTRATO        DE     TRABALHO

    3 - Os conceitos - chaves da Ciência     
     (Pensamento e ação compartilhadas )

 O que é ensinar, é também uma peça importante neste sistema de trabalho, e para nós, não nos resta outro remédio que compreender quais são as idéias chaves sobre as quais se apóia e se organiza o conhecimento, portanto, os conteúdos, tanto atitudinais como procedimentais e conceituais, para que haja um desenvolvimento integral da pessoa em todos os âmbitos: corporal, cognitivo, afetivo, de identidade e social.

Por outro lado, tem-se que levar em conta que a formulação dos conceitos chaves ou estruturantes da Ciência dará coesão e organização às diversas disciplinas das quais partiram. Tudo isto, dentro do Paradigma da Cooperação, posto que a função da escola é, precisamente, a reflexão, organização e interpretação de bagagem cultural que o alunado traz ao âmbito escolar ou adquire através da multidão de informações que recebe de seu entorno, das relações com as pessoas e dos meios de comunicação. Finalmente, desenvolver o sentido crítico e profundo da vida.

Exemplo para o conhecimento do Meio:

PARADIGMA  DA   COOPERAÇÃO: CONHECIMENTO  DO  MEIO


   CIÊNCIAS  NATURAIS
CIÊNCIAS  SOCIAIS
     TECNOLOGIA
           Unidade
      Desigualdade
        Operadores
        Diversidade
      Diversidade
          Máquinas
          Mudança
Permanência e Mudança
     Mudanças Sociais
       Organização
   Consenso e Conflito
           Trabalho
         Integração
     Interdependência
           Produção
           Energia
      -------------------
     ----------------------

Junto à construção deste marco conceitual, e, em estreita vinculação com mesmo, os conteúdos selecionados, acreditamos que estão permitindo ao alunado a aquisição de um conjunto de procedimentos e o desenvolvimento de atitudes e valores: meios ambientais, co - educativos, solidários... e chegar a desenvolver o aprender a aprender, a compreensão e interpretação ao redor e a curiosidade e desejo de conhecer.

     4 - A Organização e Seleção do Conteúdo.

Temos organizado todo o conhecimento do Meio Primário e seu equivalente em Infantil, e Ciências da Natureza em Secundário, com uma estrutura organizativa análoga. A coerência, o sistema de trabalho, nos está dando, através dos “Contratos de Trabalho”.

Um exemplo é o ponto de partida que utilizamos para organizar os conteúdos, tanto atitudinais, conceituais, como procedimentais (veja-se quadro no qual se especifica, como exemplo, a distribuição dos conteúdos de conhecimento do meio para um ciclo de ESO, 2o e 3o  Ciclo de Primário:

   NÚCLEOS
 1o Ciclo de ESO
3o Ciclo de P.
2o Ciclo de P.
    ALIMENTOS
* água ( presa ao limoeiro ) 8o EG B *o morango ( plantação ) 1o ESO
* abacate tropical, plantação       *Açúcar ( Málaga )
*Leite ( Vaqueria ) *Azeite (Benagalbón )
   CORPO                           HUMANO
audição, ruído, rádio. 1o ESO *o olho, a luz, a tv (Canal Sul ) 8o EGB.
*O animal inventado (funções dos seres vivos )   *O corpo e suas funções      
*O sistema locomotor  *A . Reprodutor.
   ECOSISTEMAS
*Arroio Gálica (ecosistema rio ) 1o ESO; *Rocha do corvo (ecosistema praia ) 8o EGB; *O Monte San Antón (ecosistema monte ) 1o e 8o           
* A desembocadura do Guadalhorce; *O Parque de Málaga.
* O Arroio Gálica; * La Playa del Dedo.
   MEIO  SOCIAL
 --------------------
*Andalucía (física, alimentação, costumes...); *Minha cidade: Málaga (Museu de Artes Populares); *A história de meus antepassados Andalucía; *A história de meus antepassados. Espanha.
*O Bairro: El Palo (Candado e Pelusa); *A população: Benamocarra; *A história de minha família; *A história de Málaga.
  TRANSPORTES
 --------------------
*O avião
*A bicicleta
*O ônibus
*O trem
  COMÉRCIO               IMPACTOS     
*Os imaturos. (Pesca) 1o ESO; *Os vasilhames. (Supermercado) 1o ESO; *As sujeiras    (Terreno abandonado) 8o EGB.
*Eroski
*Um quiosque
*Mercado (El Palo)
*Supermercado (Aldi)
   ASTRONÔMIA
*O sol, sistema solar (Planetário) 1o ESO;
*A via Láctea
*O Universo e suas partes;
*Estações. Relógio Solar.
*Dia e Noite;
*Satélites e Planetas.
   TECNOLOGIA
 ---------------------
*Um carro de jogo manual;
*Carrossel.
*Os Patins;
*A Bicicleta.
    FÍSICA  E  QUÍMICA  DA  VIDA

*O cimento, as pedras (P. de cimento) 8o EGB;
*Os detergentes e s química (P. de Lejía) 8o EGB;
*Os aparelhos elétricos da casa (E. Solar) 1o ESO
*Ar;
*Solo.






-----------------------
*Água
*Ar.






----------------------

*Sevilla (consumo e câmbio)
*Granada. Parque T.
*Benamocarra


SAÍDAS  COMPRIDAS
*Granada ( jardim e tecnologia)
*Acampada.
*Acampada.
*Alhama de Granda.

     5 - Partes do Contrato

a) A apresentação do contrato - A Responsabilidade.

O professorado pode esbanjar imaginação neste momento tão importante, sendo fundamental que explique ao alunado:
·    A justificação do porquê da escolha desse contrato e não outro;
·    A utilidade que tem (funcionalidade do conteúdo);
·    O que se pretende;
·    Abertura às sugestões e contribuições.

b) Motivação.

Despertar a curiosidade e a vontade de conhecer dependerão da motivação intrínseca própria que podem criar no alunado. A maior quantidade de expectativas, a ilusão de trabalhar e de dar com o que desperta curiosidade e interesses será maior, e como conseqüência a responsabilidade e co - responsabilidade com a tarefa. Se o que se vai trabalhar é útil de verdade para o que aprende, e, serve para elaborar e construir o pensamento, a motivação está garantida.

c) A negociação.

A negociação é vital para o trabalho por contratos, pois é uma forma de comunicação e de respeito à tarefa coletiva. Donde se aceita outro modo de estabelecer a tarefa.

O contrato deve ser algo vivo, dinâmico e propriedade da pessoa que o trabalho e o grupo. Chegar a senti-lo como algo próprio, quero dizer que é de sua própria elaboração e não do professorado que o coordena. É um grande salto no protagonismo do alunado em sua própria aprendizagem e o aumento de sua responsabilidade no itinerário acadêmico e de crescimento pessoal.

O que se negocia? O tempo de duração, as saídas, os critérios de avaliação dos alunos, professores e processos, as fontes de informação, os critérios de agrupamento.

Na negociação tem muito que ver os critérios de avaliação, pois, se é o professorado quem põe a nota e a única pessoa que tem algo a dizer sobre a avaliação, automaticamente, o contrato passa a ser considerado propriedade do professorado.

d) Detecção das idéias prévias.

Outro momento importante e a base da aprendizagem é  partir do que já se sabe. O como se aprende, ou seja, tem que partir da base do conhecimento e da experiência de cada pessoa, ativando o que já sabe, que normalmente é muito:
·    Pergunta sobre as idéias chaves do tema e da área (chuva de idéias);
·    Ordenar, classificar e organizar (mapa conceitual) as idéias prévias;
·    Discussão comum em pequeno grupo.

e) Desenho da Investigação.

Tendo em conta o que se sabe e as expectativas que possuem, os passos a realizar seriam os seguintes:
# Despertam a curiosidade por saber e querem conhecer;
# Escolhem o que quer investigar ou trabalhar. Planejamento de um problema e sua explicação (individual);
# Chegam a partir dos trabalhos individuais, em acordo no grupo sobre o que se quer investigar (pequeno grupo);
# Discussão comum de todos os projetos de investigação dos grupos (grande grupo);
# Buscam informação: no cantinho do Conhecimento do Meio, na biblioteca, em volta, casa, vídeos, fichas, pesquisas... (pequeno grupo);
# Dividem o trabalho e preparam a parte que escolheram (individual);
# Trabalham a documentação que contribui ao professorado (saídas, conferências, máquinas,...).

f) Conferência.

É uma estratégia para compartilhar a informação. É um momento de grande solenidade. A classe se coloca em forma de U e o grupo que dá a conferência, fecha o U.

As partes seriam:
·    Preparar a conferência individual e pequeno grupo. Mapa conceitual de cada parte, suporte gráfico (mural, transparência, vídeo, teatro,... (pequeno grupo).
·     Dar a conferência (grande grupo ou ciclo).
·    Colher as anotações do grupo que dá a conferência.
·    Proposta de intervenção (pessoal, familiar, centro, cidade).

g) Apresentação do Contrato = Pessoal =.

Organizar o trabalho (página de rosto, índice, introdução, fichas, investigações, conferências, trabalho livre, avaliação e conclusão).

Em nossa prática temos podido comprovar que o gosto e satisfação que os alunos sentem por seu trabalho e o que se esmera por ele é grande e as pessoas com dificuldades ou que levam outro ritmo bem abaixo ou bem acima se entusiasma da mesma forma.

h) AVALIAÇÃO e as informações.

A avaliação é uma aprendizagem, portanto, avaliamos para refletir sobre o que se tem feito, o que sabemos e o que precisamos melhorar. Por outro lado, se temos em conta, que o verdadeiro protagonista da aprendizagem é o aluno, e queremos que se responsabilize de seu itinerário acadêmico e do crescimento pessoal, é de suma importância a auto - avaliação. Uma auto - avaliação que não prejudique a auto - estima da pessoa, que não se compara com as demais, não compete, e sim valoriza os próprios avanços e retrocessos e que atua em conseqüência.

Sabemos que a competição não melhora o rendimento nem motiva a aprendizagem.

Talvez o mais importante na avaliação seja chegar a alguns critérios comuns sobre o que, o quando, quem, para quê e o como avaliar. Nossa tradição avaliadora no sistema educativo se limita a examinar os alunos com todo tipo de provas para averiguar se sabiam do que o livro dizia, os  apontamentos e/ ou algum personagem deste livro. Em seguida, a informação era a única nota do conteúdo acadêmico que naquele momento do exame era o que se possuía.

Isto nos tem levado a um modelo de informe  onde se avalia todo o processo dos contratos e onde a avaliação se converte num sistema de aprendizagem ( reflexo sobre o que temos feito, como o temos feito e o que tenho aprendido ).

As provas de auto - controle são meros instrumentos de uns dos aspectos da avaliação.

Os critérios de avaliação e os indicadores serão apresentados e negociados com clareza.

Haverá um tipo de informação que varia de acordo com a pessoa que é dirigido: Alunos, Famílias, Professores ou Administração.

Modelo de informação de auto - avaliação da área de ciências Naturais.

COOPERATIVA  COLÉGIO  PLATERO  

AUTO - AVALIAÇÃO  DO  CONTRATO  DA  VELA  CIÊNCIAS DA
  NATUREZA.


INFORME  DE.........................................   CURSO......................

CONTRATOS

Tenho preparadas todas as fichas

Está organizada, limpa e decorada

Entreguei-a a tempo

Tenho feito trabalho livre


  TRABALHO  EM  GRUPO

  Tenho exercido o cargo de ( Co., Se., Ma., Po. )

  Tenho me responsabilizado sobre meu cargo.

  Tenho trabalhado com segurança com a vela.

  Participo nas assembléias.

  Respeito a vez da palavra.

  Contribuo com idéias nas assembléias e colocações em comum.

  Tenho um cargo de responsabilidade na classe ou no colégio.


     CONFERÊNCIAS

     Tenho sabido interpretar as informações.

     Tenho buscado informações em ( Fi., Li., Re., Pe., Vi., Or., En... )

     Tenho comentado-as no grupo e aceitado sugestões.

     Tenho problemas com o grupo na hora de prepará-la.

     Tenho elaborado um mapa conceptual coerente.

     Que suporte gráfico tenho utilizado ( Ac., M u., Te.,Ví., Dia., Nada... )

      Tenho utilizado meu vocabulário.

      Escolho anotações.

      As tenho falado em voz alta.

      Comunico o que sei ao colégio e à família.


      INVESTIGAÇÃO

      Sei resolver problemas.

      Sei formular hipóteses.

      Sei buscar informações em livros ( pesquisar ).

      Sei buscar informação no ambiente.

      Sei interpretar a informação.

      Sei tirar conclusões.


        TRABALHO  INDIVIDUAL

      Trabalho bem sozinha/ o .

      Demoro para me concentrar.

      Trabalho em casa.

      Sei organizar meu tempo.

      Preciso de ajuda.


      INFORMAÇÕES

      Corrijo meus erros.

      Nota


Preciso continuar aprendendo
......................................................................................................................
......................................................................................................................
......................................................................................................................

SUGESTÕES:

Alunos:.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

Professores: ..................................................................................................
......................................................................................................................
......................................................................................................................

Família: .........................................................................................................
......................................................................................................................
.......................................................................................................................


________________________                             ________________________
Assinatura do aluno/ aluna                                    Assinatura da professora

Sim, Não, Às vezes, Bem, Mal, Regular

A informação às famílias se realiza mediante uma entrevista, a qual tem as seguintes vantagens:
# Melhora a comunicação;
# Desmistifica as notas;
# Favorece a auto - estima e conhecimento do aluno e aluna;
# A família compreende algumas das atuações dos professores;
# Se desenvolve um aspecto muito importante da tutoria com a família.

Embora um dos objetivos da entrevista seja  comunicar à família como nós vemos o desenvolvimento das capacidades dos alunos dentro do centro, também é interessante conhecer qual é o comportamento que existe dentro do âmbito familiar e social, definitivamente, o que faremos para ajudar  tal indivíduo.

A idéia da entrevista é chegar a um maior conhecimento da aluna e do aluno e coordenarmos com tal tarefa a família e os professores, para ajudar a se desenvolver. A  entrevista será encaminhada para conseguir tais finalidades: conhecer, compreender, respeitar as pessoas em sua diversidade.

Como o que vamos fazer  é entregar as informações porque todos os cursos têm mais de uma professora ou professor, os pontos que poderiam ser tratados seriam:

·    Breve explicação do objetivo da entrevista;
·    Comentário ou explicação dos informes;
·    Aspectos positivos a serem destacados com respeito à: convivência, atitudes e conteúdos;
·    Pedir informação do comportamento do alunado na casa: tarefas domésticas, relação com pais e irmãs e irmãos, como ocupa o tempo livre...
·    Plano de atuação conjunta se for necessário.

     6 - Aspectos organizativos que facilitam e condicionam a aprendizagem e a autonomia:
 
a) Os agrupamentos

É imprescindível desenvolver as habilidades necessárias para que exista o trabalho em grupo. É necessário, pois, se defendemos a aprendizagem compartilhada, que consigamos desenvolver as habilidades básicas como:

-                         Saber escutar;
-                         Saber resumir o que disse;
-                         Ter uma atitude positiva para o que fala;
-                         Falar quando lhe dão a palavra;
-                         Saber apoiar uma idéia;
-                         Saber coordenar um grupo;
-                         Saber emitir juízos críticos com respeito;
-                         Saber perguntar para conseguir mais informações;
-                         Etc.

O agrupamento é diferente segundo a atividade: de dois, de três, porém a estrutura organizativa básica do contrato é o pequeno grupo (quatro pessoas) onde cada um desempenha um papel: coordenadora que é a que se encarrega de dar a palavra, recordar o trabalho e a ordem, manda ler o resumo do que foi debatido ou os acordos. Outro papel é a pessoa porta - voz, cuja função é contar na comunicação o que trabalhou o grupo. Também a pessoa secretária que recolhe por escrito o que se debate e decide. Por último, a encarregada do material que cuida de guardar e distribuir o material.

Estes papéis, como os grupos, mudam em cada contrato, de tal maneira que, ao final do curso, todos os alunos deveriam ter passado por todos os papéis. São auto - avaliados e refletidos no relatório.

O grande grupo se utiliza para as assembléias, colocadas em comum e em conferências.

As condições que se colocam na hora de formar os grupos variam segundo o tema e a necessidade, mas o mais usual é que sejam mistos, menino - menina, e que haja uma possibilidade de ter estado com todo o alunado.

a) A distribuição da classe

          T.    GRUPO
       ASSEMBLÉIA
         PALESTRA

Com esta estrutura organizativa a classe está em contínua mudança, segundo a necessidade da tarefa.

b) A classe oficina

Para otimizar recursos, é conveniente ter a classe oficina, isto é, a classe de Línguas, a de Naturais..., sendo o alunado que muda de classe, visto que, tanto se funciona sem livro texto como com ele, os recursos são socializados por todos os grupos de alunos do ciclo.

c) O ambiente da classe

O ambiente, tanto estético como afetivo da classe, é também de grande importância, a caixa de papel para reciclar, a biblioteca, os cartões de simpatia, os cartazes das palestras, as cartas recebidas..., todos são mensagens que nos ajudam e motivam para trabalhar.


7- Meios com os quais se conta.
( não são imprescindíveis )

·    Biblioteca de classe:
  
-             Livros de consulta;
-                         Livros de texto;
-                         Revistas: Muy, Natureza, Conhecer...;
-                         Folhetos informativos (agência de viagens, consumidor,...);
-                         Estampas, anúncios;
-                         (Impressora). Publicações Periódicas.

·    Arquivo de classe: onde se acumula o material de imprensa, revistas, etc. de cada contrato.
·    Documentação apresentada pelo professorado, específica para cada contrato.
·    Trabalhos de outros alunos.
·    Computador com CD - Rom dos temas dos contratos.

Dentro deste Paradigma da Cooperação, vamos descrever como entendemos o apoio independentemente do que se estabeleça segundo BOE, ou Boja. Vamos explicitar estas funções a partir de quatro âmbitos: atenção à pessoa com Síndrome de Down, colaboração com a equipe docente, participação no currículo e atenção e assessoramento à família.

·    Em relação aos alunos com Síndrome de Down

Aceita-se de modo unânime, pelo professorado, que os alunos são os únicos responsáveis (culpados) por seus problemas de aprendizagem e não o sistema educativo (às vezes este sentimento se desloca aos pais e aos peritos). Ao se assumir que o fracasso nas aprendizagens se deve a eles e não ao sistema educativo, pensa-se que são estes e não a escola que tem que sofrer a mudança. Os defensores da segregação aceitam de modo incondicional os princípios psicológicos e médicos que apoiam estas teorias.

O papel do professor de apoio em relação a este aspecto, fixa-se em ir mudando o coletivo de professores e a escola, como promotora de mudança, para que abra espaços de participação para que as pessoas com Síndrome de Down tenham oportunidade de expressar suas competências cognitivas e culturais. Este é, precisamente, uma das metas com os professores, que sejam capazes de atender às moças e rapazes adequada e eficazmente, respeitando seu modo de ser. Reconhecemos que é um processo complexo e carregado de dificuldades, mas nós o estamos desenvolvendo através de nossa resposta às perguntas que nos formulam os professores, com a intenção de ajudá-los; as perguntas se referem, às vezes, aos conteúdos e outras às estratégias.

Levando em conta tudo isso, faz-se necessário concordar com o professorado para tornar possível o acesso ao currículo, tem que adequar uma série de meios de caráter pessoal, ambiental e material; mas assim mesmo, são necessárias adequações ao processo, tais como o de acomodar ou buscar um currículo diferente, uma metodologia favorecedora da heterogeneidade, e uma organização espacial e temporal diferente.

Ao nosso ver, este âmbito é um dos mais importantes dentro das funções do professor de apoio e não devemos esquecer que estamos educando para o futuro, isto é, para a autonomia moral, intelectual e social dos jovens.

Não teria sentido que os jovens adquirissem conteúdos culturais, se não lhes damos a oportunidade de colocá-los em prática na vida quotidiana. A escola tem que ensinar levando em conta como pensa o aluno e não como o faz o professorado.

Por último, desejamos assinalar que é freqüente que as crianças cheguem com problemas cognitivos, ou seja, que costumem apresentar problemas no seu modo de aprendizagem em vários aspectos, a saber:

·    a velocidade e eficácia com que efetuam as atividades de processamento de informação. A aquisição de informação é quantitativa e qualitativamente diferente.
·    a organização dos conhecimentos e a base de dados que consegue e como o alcança.
·    a capacidade/ incapacidade para desenvolver estratégias espontâneas que lhes permita resolver problemas da vida diária.
·    a capacidade para conhecer e regular sua própria aprendizagem. Metacognição.

Mas os problemas de desenvolvimento e de aprendizagem não são só intrínsecos ao aluno, senão que depende do contexto, ou melhor, da "qualidade" do contexto, em princípio familiar e depois escolar.
Daí que costumamos  trabalhar planejando e organizando seus itinerários mentais a partir das situações da vida comum e a partir de âmbitos acadêmicos, procurando um raciocínio lógico.

·    Colaboração com a equipe docente.

A primeira reflexão da qual desejamos fazê-los partícipes é: como passar nossa concepção de escola e currículo, anteriormente expressada, ao professorado? Este tem sido um dos pontos fundamentais e de difícil e complexa solução. Algumas vezes, fazendo-os participantes a partir dos princípios legais e éticos da diversidade e outras a partir do diálogo e da compreensão da situação e tensão que muitas vezes vivem os professores tutores. Daí, que o papel do professor de apoio seja de facilitador e de ajudar na mudança de atitudes.

A escola e seus professores têm que saber que as pessoas com Síndrome de Down são competentes  para aprender se eles manifestam competência para ensinar. Só o trabalho solidário e cooperativo entre o professorado de apoio e os tutores tornará possível uma mudança profunda em sua mentalidade e em suas atitudes que o levará a uma prática educativa diferente.

O profissionalismo dos docentes tem dimensão coletiva (equipe docente), como em qualquer outra profissão. Uma das funções que consideramos mais importantes das equipes docentes são aquelas ações ou acordos que se têm que produzir de maneira formal ou informal entre o professorado para compartilhar a educação dos alunos e os recursos didáticos que sejam necessários para desenvolver o currículo.

·    Em relação ao currículo.

Quando o professorado não confia nas competências cognitivas do aluno com Síndrome de Down, o que se faz primeiro é solicitar à professora de apoio um currículo que substitua ao do resto da classe, e na maioria dos casos, que esta tire o aluno da classe, porque o entende como um elemento que distorce a marcha normal da classe e considera isto negativo.

Em nosso modo particular de entender  como se adquire, como se organiza e como se utiliza o conhecimento, assim como se constróem e reconstróem estratégias em cada momento de tal conhecimento, partimos da idéia de que no grupo da classe se tem que provocar a interação entre iguais. A interação como base do desenvolvimento é uma ocasião única para  produzir aprendizagem. As pessoas se desenvolvem pela aprendizagem e a experiência e, estes se adquirem por socialização e, as ocasiões de socialização produzem comunicação e convivência, e tudo isto desenvolve a primeira das dimensões da condição humana que é a emoção. A emoção como base do conhecimento.
Sabemos que a socialização é a interação social e, portanto, a base do desenvolvimento e da linguagem, sempre e quando o meio lhe oferece a oportunidade para isto. A interação produz a aprendizagem e esta vai permitir avançar o processo de maturação na pessoa com Síndrome de Down,  se os modos e estilos de educação forem mudados. A este respeito, afirma o Prof. López Melero, que:

- A interação entre iguais ( cultura da diversidade ) e a nova organização escolar que exige a cultura da diversidade origina desequilíbrios na ordem normal pré – estabelecida de qualquer classe. Daí, que a estratégia didática seja um Currículo Alternativo e uma Nova Organização Escolar.

Se, pelo contrário, confiamos nessas competências, o modo de trabalho é muito diferente. O primeiro que tem que concordar com o professor de cada assinatura são as idéias – chaves de cada uma delas, isto é, aquilo que o professor considera imprescindível que os alunos tenham que adquirir de cada matéria. Essas são as que vamos trabalhar sempre em situação normal na classe.

O Currículo tem de se concentrar em desenvolver as funções superiores (linguagem e pensamento) dos alunos e, não as funções inferiores. Se queres que aprenda o que consideras fácil, começa pelo mais complexo e abstrato. Isto lhe vai desenvolver uma estrutura cognitiva ampla, que mais tarde lhe vai permitir aprender os conhecimentos específicos. Tem que saber criar roteiros mentais, planificando, previamente,  qualquer atividade que vá desenvolver. O importante no conhecimento, segundo nosso pensamento, fixa em saber criar estratégias e para resolver problemas da vida quotidiana.

Aprendemos com Vigotsky, que a interação social é o veículo fundamental para a transmissão dinâmica do conhecimento cultural e histórico. Ou seja, a maior riqueza de experiências, em situação normal, produz desenvolvimento. É na aprendizagem de maneira continuada e progressiva, onde a pessoa com Síndrome de Down se desenvolve, e não ensinando-lhes “conteúdos de um grau inferior” (Subcultura).

Tudo o que foi expressado anteriormente, vem resumir que a escola, às vezes, não oferece à pessoa com Síndrome de Down as oportunidades para que desfrute de um espaço compartilhado nas aprendizagens.

* Assessoramento às famílias.

O papel do professor de apoio em relação à família das pessoas com Síndrome de Down, é servir de ligação entre a cultura escolar e os princípios do Projeto Roma, para conseguir que a família lhe possibilite levar uma vida mais autônoma possível, em resumo, que sejam pessoas autônomas.

E, no final, desejamos destacar que uma das fontes de maior satisfação e revitalização no professorado que vem participando neste projeto de investigação foi que o caminhar do mesmo conseguiu uma melhora profissional, que não só nos beneficia, senão aos processos de aprendizagem no alunado e aos processos de melhora no centro. Neste sentido, o Projeto Roma pode ser considerado como um importante instrumento cultural para desenvolver a cultura profissional do professorado com uma maior autonomia e liberdade no desenvolvimento de sua profissão, despertando ilusões para o reconhecimento de sua dignidade profissional.