A última notícia sobre esse assunto foi publicada na imprensa:
Estudo americano provou que a correção de
anomalias genéticas em células vivas pode ser possível
REDAÇÃO ÉPOCA COM
AGÊNCIA EFE
17/07/2013 19h17 - Atualizado em 17/07/2013 19h52
Cientistas
da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, descobriram que a
introdução de um único gene no genoma humano poderia corrigir a anomalia
genética responsável pela síndrome de Down. A pesquisa, publicada nesta
quarta-feira (17) na revista científica Nature,
representa um grande avanço no desenvolvimento de tratamentos direcionados à
correção desta anomalia.
Células
normais dos seres humanos possuem 46 cromossomos divididos em 23 pares. Os
portadres da síndrome de Down, porém, possuem 47 cromossomos. Em vez de dois
cromossomos no par 21, existem três. Os cientistas americanos, então,
procuraram “silenciar” esse cromossomo extra.
Mamíferos
do sexo feminino possuem dois cromossomos X. Ambos contêm um gene chamado XIST.
Este gene, quando ativado, é capaz de "silenciar" o cromosso X em que
ele reside. E foi a partir deste processo natural que os pesquisadores fizeram
o experimento.
Eles
introduziram uma grande quantidade do gene XIST em células-tronco (cultivadas
em laboratório) de uma pessoa portadora da síndrome de Down. Segundo os
resultados, essa manipulação do genoma humano foi capaz de
"silenciar" a terceira cópia adicional do cromossomo 21 que causa a
síndrome de Down.
Os
pesquisadores compararam as células antes e depois de o gene XIST ter
conseguido anular o cromossomo extra. Descobriram que, ao fazê-lo, o gene
ajudava a corrigir os padrões incomuns de crescimento das células em uma pessoa
portadora de Down.
Após
comprovar os resultados em oito enfoques diferentes, a equipe concluiu que a
pesquisa oferece novos caminhos para estudar tanto as mudanças celulares nestas
patologias como a desativação de um cromossomo corrente. “É uma estratégia que
pode ser aplicada de várias maneiras. Acredito que vá ser muito útil neste
momento”, disse a bióloga Jeanne Lawrance, coordenadora do estudo.
Segundo
os cientistas, ainda falta um longo caminho para uma aplicação clínica. A
pesquisa, por outro lado, mostra que a correção de desordens genéticas em
células vivas pode ser possível. Além de render novos tratamentos para a
síndrome de Down, pode ser útil para o estudo de outras doenças cromossômicas.
Sei que com o avanço da tecnologia genética nos aproximaremos, mais e mais, de um cenário médico onde atuaremos sobre as causas que hoje são responsáveis por alterar a "normalidade"do ser humano. Temos uma tendência natural à "normose". Essa tendência nos faz afastar daquilo que nos faz humanos solidários e responsáveis por abrir caminhos às diferenças.
Invistemos na engenharia social que não é tão complexa quanto a tecnologia genética e está a mão. Enxerguemos a pessoa e não a síndrome e vamos trilhando o caminho da inclusão que já está marcado.
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